Vindimas são em Setembro,
Desde as uvas até ao vinho.
As coisas que eu me lembro,
Com muito amor e carinho.
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Lá nas rochas inclinadas,
Nos currais cheios de vinhas.
As uvas são apanhadas,
Pelas donas e pelas vizinhas.
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Ajudando-se mutuamente,
Os homens os cestos lá levam,
Até à adega certamente,
Onde em vinho se transformam.
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Enquanto se bronzeia o rosto,
Ao sol que brilha espertinho,
Na adega espreme-se o mosto,
Que esvai na prensa em vinho.
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Por todos é apreciado,
Pudera que assim não fosse,
O líquido é provado,
Enquanto ainda está doce.
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Muito não se pode beber,
Deste néctar enquanto novo.
Celebrar e agradecer,
Beber à saúde deste povo.
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Agora vai para vasilha,
Que vai guardar o vinho,
Para ser aberto nesta ilha,
Na festa do São Martinho.




