Mais um ano a festejar,
Com dedicação e alegria,
A cantar e a dançar,
O Carnaval em Santa Maria.
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Como é da nossa tradição,
As escolas abrem as hostilidades,
Começando a reinação,
E o desfile de todas as verdades.
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Com o ambiente preocupados,
E num desfile ordeiro e seguro,
Lá foram todos mascarados,
Gritar com fé pelo seu futuro.
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Mais tarde os maiores,
A trazer suas labutas,
Dizendo aos senhores,
Quais são as suas lutas.
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E como já é habitual,
Os eventos do nosso ano,
Lembrados no carnaval,
Para que não haja engano.
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Este ano que agora passa,
Até teve alguma sorte,
Trouxeram com graça,
A nossa rua do norte.
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Já muito mais falada,
Caiu como uma bomba,
Aquelas obras na estrada,
Lá para os lados da Lomba.
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Quase todos falaram,
Para que não levem a mal,
Das coisas que passaram.
Com a Câmara Municipal.
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Isto não é nenhuma falácia,
Mas água no bico já tráz.
As obras de Santa Engrácia,
Lá no Forte de São Braz.
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Freguesias vieram à rua,
Devido à sua extinção,
Uma minha outra tua,
Ou todas para o Sebastião?
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De Almagreira se falou,
Pelo moínho da Carreira,
Quando alguém anunciou,
Em jeito de brincadeira.
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Que a Câmara comprou,
E vai mandar arranjar,
O moleiro já nomeou,
Antes da obra começar.
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A Santo Espírito chegaram,
Coisas do arco da Velha,
Mortos que até deixaram,
Carroça, albarda e Celha.
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Pelo que se comentou,
Era prendada e pequenina,
Mas este mundo deixou,
A pobre burra Rosalina.
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Ao trabalho habituada,
Não era criada nem aia,
Passeava gente emigrada,
Lá para os lados da Maia.
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Até houve quem em vida,
Quisesse lhe mudar a sorte,
Resolvido foi na despedida,
Causada pela sua morte.
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O nome causou transtorno,
Disse o Chico na praça,
O mesmo confirmou o dono,
Queriam mudar sua graça.
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Ainda lá da serra falando,
Contaram uns mexeriqueiros,
Estiveram quase inaugurando,
Um quartel dos Bombeiros.
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Ao que se sabe ao certo,
É que dada a distância,
Sempre ficava mais perto,
Em caso de alguma ânsia.
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Para Santa Bárbara movidos,
Em Espírito de brincadeira,
Ainda há quem dê ouvidos,
Às aventuras da bandeira.
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Por lá castelos não conhecem,
Mas na bandeira desenharam,
E o que eles não esquecem,
É que a Santa deserdaram.
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Mas a volta lá continuou,
Em São Pedro fez paragem,
Presidente ninguém encontrou,
Quase perdiam a viagem.
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Até que alguém lembrou,
Do cavalo todo iluminado,
E da multa que apanhou,
O dono do bicho coitado.
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Na Vila havia eu começado,
Por lá perto eu vou terminar,
Porque também foi lembrado,
O aeroporto que vai fechar.
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Temos um porto às moscas,
Um aeroporto sem aviões,
Para calarem estas bocas,
Ainda nos jogam aos tubarões.
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Agora vos peço perdão,
Pedindo não levem a mal,
Para o ano cá estarão,
Mais críticas no Carnaval.
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Um agradecimento especial à Susana Carvalho, pelas fotos que nos disponibilizou.